Com 94 anos, Bernie Ecclestone continua a ser uma das figuras mais polarizadoras e influentes da história da Fórmula 1. O antigo supremo da F1, que revolucionou o desporto e o transformou no gigante global que é hoje, revelou agora que foi oferecido o título de cavaleiro em 1990—mas recusou-o.
Enquanto as lendas da Fórmula 1 Lewis Hamilton, Jackie Stewart e Stirling Moss receberam todos o prestigioso título de “Sir”, Ecclestone optou por recusar a honra, afirmando que as suas contribuições para a F1 nunca foram sobre beneficiar os outros—mas sobre si mesmo.
“Tudo o que fiz, fiz para mim. Se alguém beneficiou com isso, bom. Mas nunca foi a minha intenção.”
As Opiniões de Ecclestone sobre o Título de Cavaleiro: “Deveria Ser para Conquistar Países”
Apesar de ser a força motriz por trás da explosão comercial da F1, Ecclestone desconsiderou a ideia de que era digno de um título de cavaleiro, acreditando que tais honras deveriam ser reservadas para figuras históricas que moldaram nações.
“Achei que estes prémios deveriam ser apenas para pessoas que capturaram um país, voltaram à Rainha e lhe deram as chaves. ‘Aqui está, capturámos a Índia.’”
A sua resposta reflete a sua reputação de honestidade brutal ao longo da vida—um traço que o tornou um formidável intermediário na Fórmula 1, mesmo que isso não lhe tenha granjeado sempre a admiração universal.
“Sou elogiado por coisas que não mereço”—Ecclestone rejeita a adoração pública
Ecclestone também deixou claro que não tem interesse em louvores ou reconhecimento públicos, apesar do seu papel inegável na moldagem do sucesso moderno da F1.
“Provavelmente sou elogiado por muitas coisas que não mereço. Não estou à procura disso, no entanto. Não espero que as pessoas me parem na calçada. Se quiserem fazê-lo, ótimo para elas. O que não gosto é quando dizem algo que não é genuíno.”
Mesmo décadas após o seu reinado como o homem mais poderoso da F1, Ecclestone ainda atrai atenção, oferecendo opiniões sem filtros sobre o desporto que ajudou a construir.
O Legado de Bernie Ecclestone—Um Visionário ou um Vilão?
Não há como negar que a Fórmula 1 não seria o que é hoje sem Ecclestone. Ele pegou uma categoria de automobilismo desorganizada e transformou-a num império de vários mil milhões de dólares, negociando direitos televisivos lucrativos, patrocínios globais e corridas icónicas.
No entanto, a sua gestão não foi isenta de controvérsias—o seu estilo de liderança autocrático, decisões polémicas e declarações públicas muitas vezes colocaram-no em conflito com equipas, pilotos e até mesmo com os órgãos de governança da F1.
Quer os fãs o vejam como um empresário implacável ou um líder visionário, o legado de Ecclestone ficará para sempre ligado à ascensão da Fórmula 1 à dominância global.
E enquanto ele pode ter recusado um título de cavaleiro, não se pode negar que, no mundo do automobilismo, Bernie Ecclestone era realeza por direito próprio.