Enquanto as voltas de alto perfil de Lewis Hamilton com a Ferrari dominaram os holofotes da Fórmula 1, o resto do grid tem-se preparado silenciosamente para o que promete ser uma eletrizante temporada de 2025. Desde estreias de novatos até reformulações de equipas, a competição fora de Maranello está a moldar-se para ser tão intrigante quanto a busca da Ferrari pela dominância.
Novatos em ascensão: Novo sangue, grandes desafios
A temporada de 2025 traz uma nova onda de talento, com novatos como Isack Hadjar (Racing Bulls) e Gabriel Bortoleto (Sauber) a deixarem a sua marca durante as recentes sessões de Testes de Carros Anteriores (TPC). A Sauber, à beira da sua transição para a Audi em 2026, deu a Bortoleto, o atual campeão da Fórmula 2, tempo valioso na pista ao lado do veterano Nico Hülkenberg. Bortoleto expressou otimismo apesar das desafiadoras condições molhadas em Imola:
“Muito bom estar de volta ao carro após quase dois meses. Bastante contente com o nosso progresso nestes dois dias.”
Na Racing Bulls, Hadjar junta-se a uma equipa que procura solidificar a sua posição sob uma nova identidade, enquanto Yuki Tsunoda inicia a sua quinta temporada com a equipa baseada em Faenza. Ambos estão ansiosos para provar o seu valor numa midfield hiper-competitiva.
A aposta da Red Bull: Lawson entra na cova do leão
Talvez a manobra mais arriscada da pré-temporada venha da Red Bull, onde Liam Lawson assume o que é, sem dúvida, o lugar mais difícil da F1. Após a atuação dececionante de Sergio Perez, a equipa optou por promover Lawson em detrimento de Yuki Tsunoda, incumbindo o neozelandês de formar parceria com o bicampeão do mundo Max Verstappen.
Lawson, o piloto menos experiente a correr pela equipa principal da Red Bull, está ciente do desafio avassalador que o aguarda. O segundo lugar da Red Bull tem sido uma posição notoriamente turbulenta desde a saída de Daniel Ricciardo em 2018, com Pierre Gasly, Alex Albon e Perez a lutarem para igualar Verstappen. A preparação inicial de Lawson incluiu um trabalho próximo com o engenheiro de corrida de Verstappen, Gianpiero Lambiase, enquanto a Red Bull o molda como uma potencial solução a longo prazo.
A pressão é palpável enquanto Lawson e Verstappen se preparam para revelar a decoração de 2025 da Red Bull no evento de lançamento da temporada da F1 em Londres, a 18 de fevereiro, seguido pelos testes de pré-temporada no Bahrein.
Haas e Alpine: Construir momentum de dentro
A Haas adotou uma abordagem calculada, dando a Esteban Ocon a sua primeira volta no VF-22 em Jerez após a sua surpreendente mudança da Alpine. Ocon descreveu a sessão como “o melhor dia de testes que já tive”, destacando o seu entusiasmo por este novo capítulo. Entretanto, a estrela em ascensão Oliver Bearman também participou, sinalizando o compromisso da Haas em nutrir talento.
A Alpine, por outro lado, está a apostar forte na sua pipeline de talento interno. Jack Doohan, recém-saído do seu debut na F1 em Abu Dhabi, tem estado ocupado a adaptar-se ao seu novo papel, com trabalho no simulador e reuniões na garagem na base de Enstone. A equipa também trouxe Franco Colapinto, que deixou a Williams para um papel de reserva. As responsabilidades de Colapinto incluem sessões de TPC e intervir caso Doohan ou Pierre Gasly estejam indisponíveis, marcando a prontidão da Alpine para quaisquer imprevistos.
Sauber e a conexão com a Audi: Uma nova era começa
A preparação da Sauber para a sua transformação em Audi continua, com Hülkenberg e Bortoleto a liderar a charge. A decisão da equipa de combinar energia jovem com experiência consolidada é um sinal claro das suas ambições para uma transição suave para o controlo total da Audi em 2026.
A contagem decrescente para o Bahrain
À medida que as equipas afinam as suas máquinas e estratégias, todos os olhares estão voltados para o único teste de pré-temporada em Bahrain (26-28 de fevereiro) antes da abertura da temporada na Austrália (14-16 de março). Enquanto os esforços da Ferrari com Hamilton e Charles Leclerc dominam as manchetes, o grid está agitado com novas oportunidades, parcerias não testadas e apostas audaciosas.
A temporada de F1 de 2025 não se trata apenas de quem vence na frente—é uma batalha em todos os níveis do grid, e os riscos nunca foram tão altos.