Num movimento histórico para a Fórmula 1, a Haas nomeou Laura Muller como a primeira engenheira de corrida mulher do campeonato, marcando um marco significativo na progressão do desporto rumo a uma maior diversidade. Muller assumirá o seu novo papel trabalhando ao lado de Esteban Ocon, que inicia a sua primeira temporada com a equipa americana em 2025.
Quebrar barreiras num papel crítico
A posição de engenheiro de corrida é uma das mais vitais na Fórmula 1, servindo como a ponte entre o piloto e a equipa. Responsável por otimizar o desempenho do carro e fornecer feedback preciso do piloto para a equipa de engenharia, o papel requer uma combinação única de expertise técnica, habilidades de comunicação e liderança.
O chefe de equipa Ayao Komatsu elogiou a ética de trabalho de Muller e a sua compatibilidade com Ocon, enfatizando a sua determinação e abordagem metódica para a resolução de problemas:
“A Laura é uma personagem bastante determinada. O que mais me impressiona é a sua capacidade de aprofundar quando vê um problema e não parar na primeira resposta. A sua ética de trabalho é excecional, e acredito que ela progredirá rapidamente,” disse Komatsu.
Do simulador à parede dos boxes
Muller, licenciada pela Universidade Técnica de Munique, iniciou a sua carreira no automobilismo em monolugares júnior, DTM e carros de turismo antes de se juntar à Haas em 2022 como engenheira de simulador. A sua rápida ascensão dentro da equipa levou-a a transitar para um papel de engenharia de performance, onde rapidamente impressionou com a sua comunicação clara e competência técnica.
Komatsu destacou as suas habilidades de comunicação por rádio como um fator chave na sua promoção:
“A sua comunicação no rádio é muito calma e clara, o que é crítico para um engenheiro de corrida. Quando o Esteban se juntou, eu tinha muitas opções, mas a sua personalidade e habilidades tornaram-na a escolha perfeita.”
Um passo em frente para a diversidade na F1
A nomeação de Muller, juntamente com a contratação de Carine Cridelich como nova chefe de estratégia da Haas, reflete a crescente presença de mulheres em cargos de liderança na Fórmula 1. Komatsu notou a crescente diversidade nas equipas de engenharia, quebrando o ambiente tradicionalmente dominado por homens:
“Não se trata de género ou nacionalidade—trata-se do que podes oferecer e como te encaixas na equipa. A Laura foi escolhida porque é a melhor pessoa para o trabalho.”
O compromisso da Haas com o progresso
Este último movimento ocorre no âmbito de uma reestruturação mais ampla das operações de pista da Haas, enquanto a equipa se esforça para construir sobre a sua melhoria de desempenho na temporada de 2024. O papel de Muller com Ocon, juntamente com outras mudanças estratégicas, sublinha o foco da Haas em promover talento e garantir competitividade a longo prazo.
Ocon já teve a oportunidade de experimentar as capacidades de engenharia de Muller durante uma sessão de testes sob a regra de Testes de Carros Anteriores em Espanha, e a Komatsu confirmou que o feedback tem sido esmagadoramente positivo.
Uma nova era para a Haas e a Fórmula 1
A promoção de Muller é mais do que um marco—é um sinal de que a Fórmula 1 está a evoluir. À medida que ela assume o seu lugar na parede dos boxes, o seu papel não só simboliza progresso, mas também estabelece um precedente para as futuras gerações de engenheiros.
Com a temporada de 2025 a aproximar-se rapidamente, todos os olhos estarão postos em como Muller e Ocon se irão comportar num ano que promete ser crucial para a Haas.