A Red Bull Racing está a preparar-se para uma mudança significativa na sua linha de pilotos, e o foco está firmemente em Liam Lawson, o novato de 22 anos promovido para fazer parceria com Max Verstappen na temporada de Fórmula 1 de 2025. O Diretor da Equipa Christian Horner acredita que o estilo de condução e a resiliência de Lawson podem finalmente fechar a lacuna de desempenho entre os dois pilotos da Red Bull—um desafio que a equipa tem enfrentado desde a saída de Daniel Ricciardo em 2018.
O Efeito Verstappen: Um Desafio Difícil de Seguir
Desde que Verstappen se estabeleceu como a força dominante da Red Bull, os seus companheiros de equipa—incluindo Pierre Gasly, Alex Albon e, mais recentemente, Sergio Perez—têm lutado para igualar o seu ritmo. O estilo de condução de Verstappen, que favorece fortemente uma dianteira “afiada”, permite-lhe extrair o máximo desempenho do carro, mesmo à custa da estabilidade traseira. Embora esta abordagem o tenha impulsionado a quatro campeonatos de F1, também expôs as limitações dos seus companheiros de equipa, que frequentemente se encontram incapazes de se adaptar à configuração do carro.
Horner destacou a capacidade de Lawson para lidar com um carro com uma configuração de dianteira afiada, semelhante à preferência de Verstappen:
“Ele conduz o carro de forma semelhante a Max. Não hesita em ter uma frente muito positiva. Em termos de características de condução, será mais fácil para os carros correrem mais próximos uns dos outros em termos de configuração.”
Uma Janela de Operação Mais Ampla para 2025
A Red Bull está a trabalhar para garantir que o seu RB21 seja mais adaptável do que o seu predecessor, o RB20, que apresentava uma “janela de desempenho estreita e aguda.” Esta mudança poderá beneficiar Lawson à medida que ele assume um dos lugares mais exigentes do automobilismo.
“Criar uma janela mais ampla, esperamos, ajudará Liam a encontrar um carro mais indulgente do que o RB20 poderia ser em algumas ocasiões,” explicou Horner.
A Resistência Mental e Resiliência de Lawson
A breve mas impressionante passagem de Lawson pela F1 já demonstrou a sua resiliência sob pressão. A sua performance destacada no Grande Prémio do Brasil, afetado pelo clima—onde ele conseguiu resistir a pilotos experientes como Sergio Perez e Lewis Hamilton—solidificou a sua reputação como um piloto calmo e adaptável.
“O Brasil foi um caso interessante onde todos os novatos pareciam um pouco como novatos este ano. O Liam não deixou o carro cair nem cometeu erros. Ele parecia um veterano,” disse Horner.
Um Ato de Equilíbrio Delicado
Horner reconheceu o risco de Lawson enfrentar um destino semelhante ao de Gasly e Albon, que lutaram sob o peso das comparações com Verstappen. No entanto, ele enfatizou o compromisso da equipa em gerir as expectativas:
“Uma das coisas que vamos tentar proteger o Liam é a expectativa. O seu objetivo é chegar o mais perto possível do Max para que não tenhamos um déficit de 285 pontos entre os carros.”
O Próximo Capítulo para a Red Bull
Lawson entra em 2025 como o quinto companheiro de equipa de Verstappen desde 2018, e a sua promoção sinaliza a confiança da Red Bull no seu potencial para crescer ao lado do campeão em título. Com a equipa focada em refinar o seu carro e promover o desenvolvimento de Lawson, o piloto neozelandês tem uma oportunidade única de traçar o seu caminho na Fórmula 1. Se Lawson conseguirá enfrentar o desafio e pressionar Verstappen, ainda está por ver, mas a sua chegada marca uma nova era para a Red Bull Racing—uma era cheia de promessas e altos riscos.