O ícone da Fórmula 1, Lewis Hamilton, de 39 anos, que vestirá vermelho da Ferrari em 2025, deixou o Circuito Yas Marina em Abu Dhabi entre despedidas emocionais e gestos comoventes. Na sua última corrida pela Mercedes, Hamilton fez uma exibição impressionante, passando da 16ª posição no grid para terminar em quarto lugar, marcando o fim de uma parceria de 12 anos que redefiniu o desporto.
De um Salto de Fé a Alturas Legendárias
Depois de um erro na qualificação que fez com que um bollard ficasse preso debaixo do seu carro, Hamilton começou a corrida em P16. Apesar do contratempo, o campeão mundial sete vezes deu uma verdadeira masterclass, ultrapassando o seu colega de equipa George Russell na última volta e lembrando ao mundo porque é considerado um dos maiores da história da Fórmula 1.
“Sonhámos muito, mas juntos acreditámos,” disse Hamilton após a corrida. “Obrigado por toda a coragem, determinação, paixão e apoio. O que começou como um salto de fé transformou-se numa jornada para os livros da história. Fizemo-lo juntos, e estou tão grato a todos.”
Após cruzar a linha de chegada, Hamilton fez voltas de celebração, beijou o seu carro e fez uma reverência ao público, absorvendo os momentos finais da sua notável passagem pela Mercedes.
Um Legado Sem Paralelo
A parceria de Hamilton com a Mercedes resultou em um sucesso sem igual: seis títulos de pilotos, oito campeonatos de construtores, 84 vitórias, 78 pole positions e 153 pódios. Estas conquistas fazem parte de uma carreira que também inclui um título em 2008 com a McLaren, elevando o total de vitórias para impressionantes 105 — todas impulsionadas por motores Mercedes.
O diretor da equipa, Toto Wolff, elogiou a performance final de Hamilton como “a condução de um campeão do mundo” e garantiu-lhe que ele permaneceria para sempre parte da família Mercedes. “Lewis, estaremos sempre a torcer por ti quando não conseguirmos vencer nós próprios,” disse Wolff.
A Dizer Adeus: Uma Longa e Emocionante Jornada
Hamilton admitiu que a sua despedida da Mercedes foi muito mais desafiadora do que ele tinha antecipado. “É um dia lindo, mas também uma sensação muito estranha,” confessou. “Não consigo realmente colocar em palavras o que estou a sentir, mas no fundo é gratidão.”
Durante a corrida, Hamilton recordou a frase icónica, “hora do martelo,” sinalizando o auge do seu modo de ataque. “Quando a ouvi, percebi que seria a última vez. Foi aí que realmente me atingiu,” disse ele à Sky Sports. “Dei absolutamente tudo ao carro hoje, assim como fiz pela equipa todos estes anos.”
Uma Despedida Calorosa e um Novo Capítulo à Frente
A saída de Hamilton da Mercedes foi marcada por respeito e camaradagem, enquanto ele abraçava o vencedor da corrida, Lando Norris, que garantiu o primeiro título de construtores da McLaren em 26 anos. A imagem de Hamilton de vermelho durante o desfile de pilotos antes da corrida serviu como uma transição simbólica para o seu próximo desafio na Ferrari.
À medida que o piloto mais bem-sucedido da história da F1 embarca nesta nova jornada, o seu legado na Mercedes permanece indelével. A parceria, construída sobre confiança, talento e uma busca incansável pela excelência, deixa para trás um recorde inigualável na história do desporto.
Para os fãs, colegas de equipa e rivais, os últimos momentos de Hamilton com a Mercedes foram um lembrete do imenso impacto que ele teve na equipa—e no desporto como um todo.
“Amo-vos, pessoal,” declarou Hamilton. E o sentimento, do mundo do automobilismo, é recíproco.